terça-feira, 29 de novembro de 2011

Educação Musical no Brasil, o desafio do século!

Educar nunca foi uma tarefa fácil na história da humanidade, sempre houve bons e maus educadores e, também, bons e maus aprendedores, sem dúvida a educação musical não é exceção, mas é, com certeza um desafio, e que atingiu um novo patamar no Brasil. Mas, quem está sendo desafiado nessa modalidade de ensino é o paradigma, ou seja, o padrão de ensino básico de nosso país e, é claro que, deve ser quebrado, pois, na atual situação, manter esse padrão educacional seria como ignorar, até mesmo, a atual era da informação, os computadores ou até mesmo a tecnologia.
E a música, onde entra nessa história paradigmática? Em agosto de 2008 foi promulgada a Lei 11.769 que determina que a música torne-se um conteúdo obrigatório na educação básica brasileira. Essa arte foi embutida na disciplina de Educação Artística no regime da ditadura militar ainda no início da década de 70, entretanto, com o passar dos anos ela acabou por ser extinta, visto que, os professores, que tinham conhecimento pequeno da arte musical, enfatizavam o ensino das artes visuais e cênicas (2).
No contexto normal da vida, quando uma pessoa se interessa em aprender a arte da música, ela já está propondo a si mesma o desafio de tocar um instrumento musical e, quando os estudos começam, o decorrer do tempo mostra com nitidez esse fato, dentro desse argumento o aluno desafia a si mesmo para conseguir atingir o seu objetivo. É esse o ponto positivo que deve ser aproveitado no ensino básico, levando esse conceito teríamos uma nova formação de cidadãos, pessoas que se auto desafiassem e que acreditassem nelas mesmas, esse ponto em questão é a melhoria contínua e o desenvolvimento progressivo da mente.
Sabe-se que jovens e crianças que estudam música progridem mais, possuem rendimento e aproveitamento escolar mais alto e, ainda, desenvolvem melhor a concentração e o raciocínio lógico (2). Diversos estudos em universidades americanas e europeias mostram crescimento e desenvolvimento de maior área cerebral nos alunos que estudam música e não somente na escola, mas, em diversos outros fatores que levarão por toda a vida e, inclusive, as crianças que aprendem música tem problemas minimizados (e as vezes nulo) com álcool e drogas (1).
Sendo a música uma ferramenta tão poderosa, ela jamais deveria ter deixado seu lugarzinho no espaço da educação básica, contudo, águas passadas não movem moinhos, temos os pontos positivos, temos legislação e os professores estão sendo formados pelas universidades em todo o país, infelizmente, a resistência pela volta da música nas escolas foi, e está sendo, considerável. Mas, não há como não argumentar que a música é uma ciência de diversos mistérios e fundamentos a serem descobertos e desenvolvidos e, a prática do ensino musical é de igual grandeza e proporção. Fabricar sons harmônicos não é tão complicado quanto equação do segundo grau, mas, tem suas particularidades.
A arte musical tem estado na vida dos brasileiros há muito tempo, e ajudou (e continua ajudando) as diversas pessoas do nosso país a difundir os pensamentos mais variados de nossa história. É uma arte que veicula sentimentos e emoções, que pode ser cantada, tocada ou representada.
É uma arte desafiadora, logo, o desafiado sistema de ensino será mais eficiente e as crianças vão crescer mais concentradas e espertas, não demorará a perceber que dessa forma o desafiado passará a ser outro personagem, o sistema econômico. O grande sistema econômico que mantém seus idealizadores num tipo de plano tridimensional inalcançável e é movido pela massa não pensante. Será que eles ficarão satisfeitos em saber que a população começará a ser desenvolver mais o raciocínio lógico? Se ainda der para manipular a massa, não importa o que se ensina nas escolas, mas, se não, terão um problema, as crianças poderão se tornar figuras poderosas na sociedade que questionarão tudo isso e, finalmente, o sistema todo poderá entrar em colapso.
Como se pode notar, talvez não seja tão simples lecionar música como se pense, é realmente um desafio. Talvez, ainda, quererão filtrar o que se deva ensinar, seria como uma espécie de crime musical ou pior, social.
Sendo assim, a conclusão que podemos tirar de tudo isso é que o desafio do ensino musical está lançado na sociedade brasileira, e os que estão se formando como educadores musicais nas universidades em todo o país ganharão uma “peteca quente”, ou seja, terão que lecionar às crianças e ainda lutar para que a música não seja uma disciplina apenas de preenchimento, mas, algo que vai realmente ser a evolução dessa sociedade.

Referências

        1. A Importância da Música nas Escolas. Disponível em: http://villalobospvh.com.br/textos/A%20Import%C3%A2ncia%20da%20M%C3%BAsica%20nas%20Escolas.pdf. Acesso em: 25 de novembro 2011.
        2. Aulas de música nas escolas estimulam a criatividade e a inclusão cultural. Disponível em: http://www.quanta.com.br/web/quanta-educacional/noticias?articleId=28212. Acesso em: 25 de novembro 2011.
        3. Vídeo - Entrevista com a Profa. Isamara Alves Carvalho. Disponível em: http://ead.sead.ufscar.br/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=133386. Acesso em 21 de novembro de 2011.
        4. Vídeo - Entrevista com o Prof. Daniel Gohn. Disponível em: http://ead.sead.ufscar.br/mod/resource/view.php?id=133344. Acesso em 21 de novembro de 2011.

The Music Language from Earth - Apresentação

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A Música é, na verdade, muito mais do que um Idioma na Terra, é um universo à parte, que abrange interagir pessoas e culturas. É um medicamento que trata a alma, a mente e o corpo. Música é muito mais do que fabricar sons.
Neste blog você encontrará diversos assuntos relacionados ao mundo musical. História da música, música nas igrejas, legislação, assuntos acadêmicos, piadas, quadrinhos e tudo mais, onde, quinzenalmente estarei fazendo uma postagem sobre quaisquer assuntos desses.
Aproveitarei este espaço para expor assuntos referentes a minha graduação em Música pela UFSCar - Universidade Federal de São Carlos.

Eu sou Matheus, o violinista. E você acaba de entrar no Music Language.